O discurso de Dilma Rousseff no covil do Senado foi um dos maiores da história da República das bananas que é o Brasil. Muito maior que o "saio da vida para entrar na história", muito maior que o de Jango no último comício antes do golpe militar.
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Dilma sabe, e todos nós também, que a quadrilha que comanda o Senado (dos 81 Senadores, 49 são investigados ou réus) não mudará de lado e não fará nenhum carinho na democracia. Todos sabemos que essa quadrilha assassinará a democracia nessa terça-feira. Mas, ainda assim, Dilma acuou ou bandidos, os golpistas. Colocou cada um de nossos algozes no bolso, desmontando a cada resposta a farsa jurídico-parlamentar que é esse processo ilegal (não pode haver impeachment sem crime de responsabilidade).
Durante todo o dia a imprensa internacional denunciou o golpe. New York Times, The Guardian, Clarin, Al Jazeera, Time, El País, Le Monde, Le Figaro, entre outros não se cansaram de denunciar a maior farsa da história brasileira e, algumas vezes, ressaltando a conivência e cumplicidade da Suprema Corte de nosso país. Evidentemente que isso não faz sequer cócegas nos ratos golpistas pois estão golpeando o país para continuarem a roubar sem serem investigados.
A noite, em São Paulo, o füher Geraldo Alckmin deu a mostra do que está por vir. Tratou como bandidos homens, mulheres e crianças que se manifestavam pacificamente na Avenida Paulista. Mandou sua PM (aquela que faz acordo com o PCC) jogar bombas e avançar com seus blindados assassinos contra as pessoas. Mais que isso, protegeru um criminoso que tentava matar uma mulher com um pedaço de pau.
Voltando a sessão ilusionista do Senado Federal, a certeza que ficou é que, as pessoas precisam aumentar a expectativa de vida de suas memórias. Lembrar o tempo inteiro dos crimes que os golpistas cometeram. Nós não esqueceremos e a cada eleição lembraremos de um por um.
A votação no Senado está decidida há muito tempo. O dinheiro comprou os votos que faltavam. Mas Dilma mostrou que é uma mulher de coragem, enfrentou mais uma vez seus algozes de cabeça erguida e, se seu governo não era nem de longe o que desejávamos, é e sempre será melhor que o governo que se iniciará, um governo ilegal, ilegítimo, corrupto, bandido.
Dilma me representa! E muito.
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