terça-feira, 11 de setembro de 2018

Quem vai ganhar a eleição presidencial?

Pesquisa Datafolha diz muito mais do que parece


Em um ano extremamente conturbado, com retrocessos de toda ordem, desde um governo ilegítimo tirando direitos dos trabalhadores à volta do bangue bangue na política, a pesquisa de ontem (10/09/2018) do Datafolha diz mais do que apenas uma fotografia do momento.

Está claro que o candidato do nazi-fascismo, Bolsonaro, não vencerá as eleições. Ainda que tenha tido um soluço nas intenções de voto (passou de 22 para 24%, dentro da margem de erro), sua rejeição cresceu o dobro (de 39 para 43%). Ou seja, quase metade do eleitorado não votaria nele de jeito nenhum. Esse soluço certamente vem do sentimento de solidariedade que ainda existe no brasileiro, em função do atentado idiota que sofreu. Como todo soluço por pena, deve se seguir um refluxo e o candidato do PSL deve retornar aos 22% ou perder um pouco mais. 

No segundo turno, o candidato da extrema-direita perderá para qualquer que seja o oponente. Perde para Ciro Gomes por 45%x35%, Perde para Marina por 43%x37%. Perde para Alckmin por 43%x34% e passou a perder (numericamente) para Haddad por 39%x38%. Ou seja, se chegar ao segundo turno, o candidato do PSL perderá seja qual for o cenário.

Os demais candidatos também oscilaram. Ciro Gomes, com bom trabalho nas redes sociais, subiu de 10 para 13%, acima da margem de erro. O eleitorado parece ter gostado da versão Cirinho Paz e Amor que está sendo posta nos debates e na propaganda eleitoral. 

Marina, que tinha 16% na pesquisa passada definhou e aparece com 11%. Ela é vítima de si mesma, de um discurso vazio e aparece para o eleitorado como oportunista. Em período eleitoral aparece e se coloca como candidata, quando termina a eleição some e não tem nenhuma atuação relevante na política brasileira. 

Alckmin patinou de 9 para 10% e mostra que a perda do apoio da Globo que embarcou na perigosa aventura nazi-fascista de Bolsonaro e Mourão, foi um duro golpe nas suas pretensões e nas pretensões do PSDB voltar ao poder. Deixou de ser uma alternativa do capital que, como sempre, migra para a opção mais violenta para garantir seus privilégios, acúmulos e proteção a seus crimes contra a sociedade.

Haddad e Manuela herdarão votos de Lula
Já Fernando Haddad foi quem mais cresceu. Saiu de 4% para 9% e já começa a receber o capital eleitoral de Lula, preso político nessa ditadura do Judiciário que vivemos. Mesmo sem ser o candidato oficial do PT, que insiste na candidatura Lula, mesmo sem poder participar dos debates, mesmo sendo censurado pelo TSE que proibiu a utilização da expressão #EuSouLula, mesmo com o cada vez mais político Ministério Público inventando uma acusação contra ele, Haddad cresce e crescerá ainda mais. 

A medida que as pessoas que não o conhecem e ainda o chamam de "Andrade" e sua vice de Manuela "Grávida" souberem que ele é o candidato de Lula, Haddad crescerá mais e não tenho medo em afirmar que o candidato do PT estará no segundo turno, provavelmente contra o candidato do nazi-fascismo. E vencerá.

O desespero nos articuladores do golpe é imenso. A Globo (que manda no Judiciário mas não no povo quando o assunto é Lula) trocou seu candidato, saiu de Alckmin para Bolsonaro, O Ministério Público aceitou uma delação de um criminoso para tentar incriminar Haddad e, assim, manipular as eleições, os robôs da extrema-direita nas redes sociais compartilham cada vez mais mentiras. Não será um caminho fácil para Haddad e Manuela. Mas, hoje, são favoritos para vencer as eleições e fazer valer as hashtags que têm usado nas redes anti-sociais: #EuSouLula, #LulaManuHaddad, #LulaLivre e #ManuNoJaburu.

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