Com golpes certeiros e falando em outra língua, assassinos foram cirúrgicos
Uma jovem de 29 anos foi assassinada na tarde/noite de ontem (04/04) em Brasília. Aos olhos de muita gente, a jovem foi golpeada diversas vezes por 6 pessoas (4 homens e 2 mulheres) durante cerca de 10h. O crime, está claro, foi premeditado e foi cometido com requintes de crueldade. Além de toda a tortura, os assassinos misturavam português com latim com claro propósito que as pessoas não entendessem o real objetivo do crime.
A jovem começou a ser torturada por volta das 14h quando Edson citava pessoas famosas e começava a cortar-lhe o peito. Gilmar tentou, para espanto de alguns de seus algozes, defender a jovem. Disse que não era a favor. Mas não ficou até o final da sessão de tortura.
Em seguida, Alexandre aprofundou o corte e sorriu, Luis, com cara de ódio e discurso rebuscado, apertou ainda mais e Rosa, que ninguém entende o que ela fala, disse que era contra fazer isso com a jovem mas que, já que a turma iria fazer, também empurrou o punhal.
Enquanto a jovem sofria e os que dependem dela para terem segurança, moradia, alimentação e esperança e a respeitam choravam, o outro Luis cravou-lhe o punhal. Ainda viva, a jovem viu fogos estourarem no céu, estourados por outras pessoas que também dependem dela para terem segurança em suas vidas.
Houve então um fiapo de esperança quando intervieram Dias, Ricardo, Marco e Celso. Tentaram estancar o sangue e explicaram para os assassinos da jovem que deveriam defendê-la e não matá-la, que a jovem era boa e já sido violentada demais por outros meliantes de uma casa vizinha. Argumentaram e as torturas naquele momento cesaram e houve esperança que, mesmo gravemente ferida, a jovem sobreviveria.
Mas, no momento de maior esperança de salvamento da jovem, eis que surge, envolta em sua capa preta com um Globo tatuado na testa, a Carmen, uma espécie de vampira brasileira, e dá o golpe fatal. Empurra o punhal no coração da jovem que tem seus últimos suspiros por volta da meia-noite.
Descanse em Paz, Constituição Federal de 1988.
Se eu ainda estivesse em sala de aula, daria esse texto aos meus alunos. Excelente metáfora nesse tempo que estamos vivendo...
ResponderExcluirCom alegria recebo o elogio por um texto que escrevi com imensa tristeza e desesperança no futuro. Fraterno abraço.
ExcluirParabéns, amigo!
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